21.07.10
Há coisas que me irritam solenemente. Demoraria muito tempo a enumerá-las, muito por culpa da fraca memória. Fiquemo-nos por uma. Há um produto qualquer (livro, filme, álbum, etc) que tem sucesso. Os autores de outros produtos similares, ou nem tanto, são logo apelidados como o próximo qualquer coisa.
Andava agora a ver se comprava para as férias o livro de Jo Nesbo que me falta. Uma das capas que vi na Amazon, dizia "O próximo Stieg Larson". Porquê? Porque é nórdico? Estamos a comparar dois autores de talento, mas completamente diferentes. Ok, os livros de ambos têm um ritmo alucinante, há violência a rodos, normalmente, mas não só, contra mulheres. Mas só...
Eu não preciso que me vendam Nesbo, mas quando o comparam com Larson a única vontade que tenho é de bater na mente iluminada que se lembrou disso.
publicado por wherewego às 16:27

20.07.10
E quando um livro foge daquilo que esperamos? E então?
Pelo que lera e me tinham dito esperava que O Caso Jane Eyre de Jasper Fforde fosse mais situado na trama do que é, o que convenhamos não é mau.
Somos introduzidos a um Reino Unido diferente do que estamos habituados, ou melhor, estamos num universo alternativo, em que algumas coisas se parecem com o que conhecemos e outras não. A guerra da Crimeia, por exemplo, ainda subsiste e tem papel importante na acção.
Há um sem número de Departamentos dentro da Rede de Operações Especiais, sendo que desconhecemos o que faz a maior parte deles. Quinta-Feira Seguinte é a heroína, pertence ao OE - 27 (Detectives Literários) e vai tentar impedir que o livro de Jane Eyre seja reescrito como o conhecemos.

É esta, sumariamente, a trama, sumariamente e de uma forma bacoca e simples. Muito mais acontece, gente que viaja no tempo, traças que criam coisas ou ajudam pessoas a entrar em livros.

Há pouco escrevia no Facebook que não sabia se tinha gostado muito ou pouco, sei que gostei, talvez porque por uma das descrições tivesse imaginado algo completamente diferente e porque estou à espera de ler os seguintes para formar uma opinião mais coerente.

Aquilo que fica por enquanto é o amor pela literatura e o gosto de imaginar a história e os finais de algumas obras. A oportunidade de discutir a literatura, amarrada quase por completo (a discussão) nas salas de aulas das universidades. A incompreensão pelo final  (as opções do autor) de determinada obra e a oportunidade de o leitor ir reescrevendo a seu bel-prazer aquilo que lê.
publicado por wherewego às 16:31

02.07.10
Há imensas formas de começar um texto. Alguns exemplos.

Vejo futebol cada vez menos. Sem vontade de pagar 25 Euros mensais por um pack de canais desportivos, quedo-me pelos jogos que vão dando na televisão pública. As arbitragens não ajudam, as fracas prestações do meu clube o ano passado também não. 

Vejo cada vez mais futebol, mas futebol americano. Sim, a transmissão chega a demorar mais de três horas, mas normalmente gravo e vejo os jogos depois. Parece-me um jogo mais justo, há câmaras, há repetições, mas não são feitas a eito. Há contacto físico, os tipos chocam uns contra os outros, mas continuam de pé, alguns. Fartei-me de ver gente caída no chão depois de um sopro à espera que o árbitro mostre um cartão.

Desconfio de treinadores que têm como primeiro nome o título de Professor. Fiquem vocês com o Professor Queiroz e o Professor Jesualdo. Gente que fala muito, característica própria de um professor (sei por experiência própria), mas que falha no momento de acertar. Gente que em vez de ter jogadores para determinada posição faz adaptações,  de repente e ostracizam aqueles que falham. Gente que parece que só teve aulas de defesa, o objectivo das suas equipas é não sofrer, ou sofrer poucos, golos. Esquecem-se que o jogo ganha-se marcando golos. Gente que quando acerta, esquece.

Não gostava de Scolari, perdão, não gosto de Scolari. Como também não gosto de Queiroz. E evito fazer comparações. Queiroz foi para a África do Sul querendo imitar Mourinho, coitado. Defendeu-se em todos os jogos, menos contra a Coreia do Sul. Portugal fez um dos melhores jogos dos últimos 4/5 anos. Podem dizer que a Coreia era uma equipa fraca, concordo, mas jogámos contra outras equipas fracas, nesse período,  e não fizemos nada parecido.
Empatámos (não em termos de resultado, mas em termos exibicionais) contra a Coreia, contra o Brasil e afogámo-nos contra a Espanha, porque simplesmente não jogámos à bola. Um treinador que se gaba de ter treinado Ronaldo dia e noite, durante três ou quatro anos, devia saber onde, como e de que forma ele rende mais. Mas não! Um treinador devia levar e meter um trinco, não o Pepe, com seis meses de paragem e que é, para mim, um central interessante, mas um trinco fraquinho.

Queiroz gaba-se de ter perdido por um só golo contra a Espanha. Um treinador que diz isto, com a equipa que tem e jogando como Portugal jogou devia levar uma carga de porrada. Como Jesualdo, fala muito, a sua equipa é sempre a melhor, mas dentro de campo acobarda-se, tem medo, não joga nada.

A vitória contra a Coreia foi a única coisa positiva deste Portugal. Mas nem na vitória Queiroz soube aproveitar a equipa. Inventou contra o Brasil, continuou a senda contra a Espanha.
Infelizmente, acha que fez um trabalho meritório.
publicado por wherewego às 13:19

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