09.06.08
Porque é que as barracas das farturas, das bifanas e gelados não têm número na Feira do Livro?
publicado por wherewego às 12:41

Sinto-me menos acossado na interminável fila da barraca das farturas do que no "centro comercial" remediado da Leya.
publicado por wherewego às 12:40

É aquele que passa uma tarde inteira, à torreira do sol, na Feira do Livro, onde ninguém o conhece ou se aproxima para receber o respectivo gatafunho.
publicado por wherewego às 12:39

16.05.08
Falava ontem com um amigo sobre a Feira do Livro, e ele perguntava-me o que eu achava sobre todo este imbróglio. Eu? Eu não acho nada!
Trabalhei na Feira do Livro 3 ou 4 anos. Por prazer, quase por dinheiro nenhum, ao frio, à chuva, à torreira do sol, com muito ou pouco público. Pessoalmente, penso que esta Feira do Livro já deu o que tinha a dar. As barracas são feias, velhas e incómodas. Obrigar a que se mantenham por mais uma eternidade parece-me uma estupidez. Há quem tenha capacidade financeira para ter outro tipo de instalações? Óptimo, pode ser que chame mais gente à Feira.
Há 4 ou 5 anos que ouço falar de novas barracas, mas a verdade é que a barraca é sempre a mesma (APEL contra UEP). Sempre ouvi dizer quem não tem dinheiro não tem vícios, mas quem o tem pode ter alguns, e não me parece um vício ter uma casa mais aprumada e dar melhores condições a quem os visita.
Já agora, o que é a Feira Do Livro? Em Portugal resume-se a duas coisas. Exposição de livros por parte de editoras, por vezes, a preços menos compensadores do que em algumas lojas, com excepção de promoções especiais e livros do dia (que nunca são livros editados nesse mesmo ano. Aqui, podíamos aprender alguma coisa com o mercado de DVDs); e sessões de autógrafos, muitas das vezes penosas para autores e leitores. Conversas, discussões, debates? Não há!
A Feira enche (quando enche) ao Sábado e ao Domingo, e no Dia da Criança, em que Escolas, Colégios e outros, agarram nas crianças e levam-nas a descobrir o maravilhoso mundo da oferta publicitária, já que são poucos os que compram alguma coisa.
E as casas de banho? Poucas, por vezes sujas, e algumas vezes palco de pequenos roubos (curiosamente, nunca de livros). E, para quem ali trabalha (e não só), os preços? Embora ultimamente a coisa tenha melhorado.
Eu?
Eu não acho nada.
publicado por wherewego às 13:05

03.06.07
45€ depois voltei a casa.
E se não gastei muito dinheiro, o tempo está para outros gastos, ainda trouxe alguma coisa para casa.
A ver e a ler:
- três livros de um autor português que muito aprecio, Abel Neves. Gostei dos dois primeiros romances (Asas para que vos quero e Corações Piegas) e li Precioso (de que gostei menos). Há distância das leituras (quero reler, depois de ler estes três) lembro-me do humor, da saudade, do amor que os seus livros retratam. Uma literatura saudosista em relação ao passado, aos relacionamentos e a um Portugal mais rural que muito me agrada, e que por vezes tem o bónus do twist final. A música é também uma presença em todos (?) os romances. Enfim, se querer fugir muito mais, comprei Sentimental e Centauros (os dois por 5€) e os Cornos da Fonte Fria (por 13€).
- Autobibliografias de Abel Barros Baptista, que terá o ónus de não ter o humor das aulas, mas que marcará as leituras mais paraliterárias, o principal propósito da compra. 7,5€ em vez dos 30 habituais.
-Poemas e canções de Leonard Cohen por 5€.
-O Décimo Círculo de Joudi Picoult. Por curiosidade, e em princípio para oferecer à namorada, embora ela tenha mostrado alguma reticência em relação ao tema. Como bónus o livro traz várias páginas em BD.

e foi a minha versão da Feira do Livro deste ano...
publicado por wherewego às 20:24

30.05.07
Há nomes e caras que me vão passando pela memória. Foram quatro anos no Parque Eduardo VII, uns anos mais preenchidos que outros.
Serviram para comprar mais livros do que se poderia esperar.
Tínhamos à venda no Stand da Sociedade Bíblica um Manual Bíblico de H.H. Halley, Manual que namorava há uns tempos. Custava 35 ou 40 €. Num dos momentos parados saí e fui passear. Dei por mim a folhear e procurar livros nos alfarrabistas. De repente, vejo um Manual Bíblico, em melhor estado do que o que tínhamos à venda por 7,5€. Comprei-o logo.
Já o disse, os livros estão caros, e a Feira, é para mim, mais um mostruário que outra coisa. tenho azedado com as traduções portuguesas, e o preço dos livros por vezes é demasiado alto. Comprando em segunda mão e/ou pela internet, em inglês ou noutra língua, mesmo na nossa, já rende.
Comprei cinco livros de Bill Bryson, em inglês por pouco mais de 15€, o preço médio de cada um deles no nosso mercado.
Mas a Feira é convívio, ri, discuti e desesperei nesses quatro anos. Havia discussões teológicas, pequenas guerras com outros stands (quantas vezes os irmãos católicos nos mandaram pessoas à procura do Evangelho Espírita ou Bíblia dos anjos?), quantas vezes sorri e aprendi a respeitar o frade capuchinho? Aquele que nos trazia farturas ou somente uma boa gargalhada? Quantas vezes eu e o André desesperámos com um tipo que atracava perto da nossa banca, nada comprava e afugentava os clientes? Até que nós o afugentámos?
Quantas vezes demorámos imenso tempo a descrever as Bíblias, as diferenças entre elas e a pessoa de tanto pensar nada levava? Fazía-nos espécie uma Bíblia cor de rosa, para nós horrível, que uma senhora namorou durante três horas, antes de dizer para o marido que era tarde e se ir embora de mãos vazias e a nós de cabeça pesada.
As crianças à procura das ofertas de dia 1 de Junho. Tem alguma coisa para nós? E um dia 1 de Junho, particularmente frio e chuvoso, e os putos debaixo das tábuas que sustentam os livros, a comer as sandes e a serem crianças.
4 anos interessantes, que não esqueço. E eu a ver se consigo dar um pulo à feira, com a esperança que a "barraca" mais cheia não seja a das farturas ou dos bifes...
publicado por wherewego às 01:02

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