Um dos futuros cunhados gozava comigo, por causa da lista de livros, aqui no lado direito.
Fazia ele um boneco meu, agarrado ao livro enquanto pagava, dando a noção de o já ter lido, enquanto o pagava.
Nada mais longe da verdade.
Na realidade sinto-me nú sem um livro. Dificilmente me apanham na fila de um banco, nas finanças ou na Segurança Social sem algo para ler. Seja jornal ou livro. Estamos, em Portugal, no reino do analfabetismo funcional.
Toda a gente sabe ler, mas poucos o praticam. Assim, como o acto de governar. Pode parecer que leio muito, talvez. Mas, em contrapartida, pouca tv vejo. Das 21h à 1h da manhã, por norma, estou no quarto, com alguns livros em cima da cama ou ao meu lado.
Ler é para mim uma aventura. Uma forma de crescer. De aprender. De viajar. De apreender técnicas. De apreender uma boa história (às vezes). De esquecer o que está à minha volta.
Adoro filmes, dvds, séries de tv. Mas não os troco por um bom livro. Há que prioritizar.