09.11.04
Quando eu morrer batam em latas,

Rompam aos saltos e aos pinotes,

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobates!



Que o meu caixão vá sobre um burro

Ajaezado à andaluza...

A um morto nada se recusa,

e eu quero por força ir de burro!



Mário de Sá-Carneiro

publicado por wherewego às 14:51

Os ataques/a guerra no iraque (re)começou (parou alguma vez)?

Lembrei-me de colocar aqui um poema de Reinaldo Ferreira



Receitas para fazer um herói



Tome-se um homem,

Feito de nada, como nós,

E em tamanho natural.

Embeba-se-lhe a carne,

Lentamente,

Duma certeza aguda, irracional,

Intensa como o ódio ou como a fome.

Depois perto do fim,

Agite-se um pendão

E toque-se um clarim.



Serve-se morto.





publicado por wherewego às 14:46

Não se preocupem, não vou fazer nenhuma apologia da capacidade futebolística do Porto (se o fizesse, também nõ seria longa!!!).

Gostava de dizer/escrever algo. Gostei do golo do Diego, ontem contra o Sporting. E sabem porquê? Simples, porque a dita criatura não caiu! E por não ter caído, marcou o golo. Como disse o meu irmão: "Se tivesse sido o Nuno Gomes, tinha caído, e tinha-se lesionado!".

Não digo isto por ser o Diego, digo por ter sido um golo no campeonato nacional, onde os jogadores preferem cair a tentar o golo.

Enfim, só bati palmas por isso...

Hasta...

publicado por wherewego às 14:40

Em resposta a um dos textos breves o meu primo João escreveu: Adoro finais felizes.
Em privado disse-lhe aproveita, porque não desdenho os finais menos felizes. Passo a explicar, ao ver um filme, ou ler um livro não espero sempre por um final feliz. Muitas vezes um final feliz defrauda-me. Não quero com isto dizer que gosto de ver os outros tristes ou que tenho uma tendência sado-masoquista, nada disso. Vou deixar alguns exemplos, será que Casablanca seria o filme que é se no fim as duas personagens principais ficassem juntas? Os Maias, para mim o final dos Maias é dos mais sublimes que já li, contadizendo-se correndo atrás do eléctrico as personagens fizeram-me sorrir mais do que correndo para os braços de uma mulher qualquer.
Há mais casos, Cinema Paraíso, por exemplo (falo da edição de realizador - que dura o dobro do normal, mas vale muito mais a pena).
Enfim, existem muitos exemplos e muitas razões para uma história acabar bem, mal ou pior. Não entendo que hoje os autores tenham em vista a catarsis grega, mas muitas vezes é a fuga ao cliché, o colocar-nos perante as sutuações do dia a dia que nos fazem pensar e pôr em causa o que temos por adquirido. Quem viu o Seven que não tenha passado um pouco a pensar no fim?
Enfim, sempre que escrever alguma coisa não prometo finais felizes, mas às vezes vão mesmo acontecer.
publicado por wherewego às 14:03

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