12.02.05
Porque é que os carros que têm pressa de se meter à nossa frente, depois andam como tartarugas? Arre! Ou como diz o Nuno, Chiça penico!
Eu a esta gente dava uma trotinete elétrica e metia-os a todos a 50 metros do início duma corrida de F1!
publicado por wherewego às 23:15
Tenho a mão esquerda inchada e possivelmente (alguma coisa desmanchada) terei de ir ao endireita! Mas só tenho tempo para o fazer na 3ªF.
Até lá, mão ligada!
publicado por wherewego às 23:14
Confesso que só vi os últimos 5 minutos de entrevista, ainda deu para dar graças a Deus por isso!
José Sócrates é demasiado vago, até é capaz de ser melhor do que promessas furadas, mas votar em quem não diz nada também é demais.
Não foi capaz (eu acho que não quis) responder à pergunta do parceiro de governo se vencer sem uma maioria absoluta. Rodeou o assunto, dizendo que não fala de cenários possíveis (a maioria absoluta é objectivo político, logo não está na mesma linha) e que não quer o poder pelo poder.
A resposta de Sócrates prova o contrário, por querer o poder pelo poder não diz quem prefere para coligação. Seria perder votos no centro, dizer ao eleitorado do centro que se o PS estiver em minoria, este se coligará com a CDU ou com o BE, é perder votos. Mais facilmente votarão PSD, ou PP, ou noutros.
Sócrates prova aqui que quer realmente o poder, e não diz concretamente o que quer pela possibilidade dos seus obejctivos lhe custarem o poder.
publicado por wherewego às 20:55
Não há debate político: nem sequer na tv que cria um espaço artificial, com regras predeterminadas que limitam a espontaneidade das intervenções, o acaso, (...) Nos jornais e na rádio, os debates confinam-se a trocas de opiniões e argumentos entre homens políticos, sempre de um partido, visto que no mundo da política não há lugar para independentes, ou entre comentadores, pretensos «opinion makers» que dialogam constantemente entre si, em círculo fechado. Muitos dos políticos são também comentadores, fazem o discurso e o metadiscurso, o que suscita um circuito abafador e redundante: sempre as mesmas vozes e a mesma escrita nos mesmos tons, com os mesmos argumentos, com o mesmo plano de sentido, como se as ideias políticas se reduzissem a um empirismo sociológico de estratégias partidárias.
Se a política é chata em Portugal, se os portugueses «estão fartos dos políticos», isso não se deve apenas à sua incompetência, mas também ao próprio universo do debate político em que nada de novo, de inovador, de diferente, de forte, de original e estimulante surge para abalar os espíritos. O discurso político tem por função legitimar políticas ou projectos políticos e o metadiscurso confirmar essas legitimações. Confirmar, confirmar: eis para que se acumulam toneladas de argumentos e de pseudo-ideias mais ou menos subtis.
publicado por wherewego às 18:10
Foi assim também que a vida social portuguesa, agora pacificada, normalizada, viu a não-inscrição reassumir os seus privilégios em todo o seu esplendor. Tal ministro que se aproveita ilegalmente de uma lei para fugir ao fisco demite-se para voltar à tona incólume, meses ou anos depois; o escândalo que mancha a acção de um governante, longe de o afastar definitivamente da política, pode ser mesmo a ocasião para começar uma carreira com um futuro ainda mais brilhante (um posto mais bem remunerado ou com prestígio internacional, etc.) Nada tem realmente importância, nada é irremdiável, nada se inscreve.
publicado por wherewego às 18:04
Estou a ler um livro bastante interessante.
Portugal, Hoje - O Medo de Existir.
É um livro de José Gil, editado na Relógio de Água sobre as mentalidades ou a mentalidade dos Portugueses. Li apenas três capítulos e prometo voltar aqui e deixar alguns excertos e comentários sobre a obra.
O primeiro capítulo versa sobre a realidade que a TV nos transmite, e a forma como o faz. Encadeando regras que nos ensinam a não pensar.
O segundo capítulo trata de sermos o país da não-inscrição, onde realmente nada acontece/se inscreve seja no plano político, no social ou artístico. Isto do ponto de vista pessoal, "inscrever implica acção, afirmação, decisão com as quais o indivíduo conquistaautonomia e sentido para a sua existência". José Gil defende que somos como somos pela forma como ultrapassámos a revolução, pela forma como "alterámos"(ou piorámos) a nossa forma de ser desde o Salazarismo. Se mudámos para melhor porque é que estamos sempre a dizer que isto está cada vez pior?
Volto mais daqui a pouco. Quero deixar aqui algumas passagens e reflexões...
publicado por wherewego às 17:55
A minha mãe faz anos hoje. Ninguém me avisou antecipadamente! Passou-se-me. MESMO!
Eu com datas sou a modos que...ou melhor as datas são demasiado voláteis para o meu gosto. Desvanecem-se. Fogem. Mesmo quando escritas na agenda!
publicado por wherewego às 17:52
de lamber botas ou dar graxa. Se calhar por causa da timidez, nunca ansiei por responder primeiro, ou por dar uma boa impressão em determinada pessoa. Talvez por isso passe, algumas vezes, por malcriado ou trombudo. A realidade é que não me interessa por aí além a opinião dos outros, e por vezes posso ser rude mesmo sem querer.
PS. Que me lembre não me estou a tentar desculpar a ninguém...
publicado por wherewego às 17:48
mais tímido do que a maior parte das pessoas pensa. Claro que isto não se nota quando estou com os amigos, mas na companhia de desconhecidos sou-o efectivamente.
publicado por wherewego às 17:45