Por razões de trabalho, estou a ler Paulo Coelho. Eu tinha apenas lido O Alquimista, há uns anos, para escrever um artigo que ficou com o título «Eu li Paulo Coelho e sobrevivi». O exercício, agora, está a ser penoso, mesmo ao ritmo um livro por dia. A vingança será terrível, sobretudo depois de ler Monte Cinco e Veronika Quer Morrer. O primeiro deu-me vontade de queimá-lo; o segundo, de rir. O Alquimista não volto a ler, recordo bem as consequências funestas. Mesmo com todo o espírito de tolerância de que sou capaz (e ele é bem vasto, posso comprová-lo), Paulo Coelho será sempre o pior de Raul Seixas. Nem sequer um flibusteiro. A um homem assim a França, Chirac e o Ministère de la Culture atribuíram comendas e ordens de cavalaria. Tenho dúvidas sobre o resultado desta semana e meia de dedicação a Coelho, mas a vida não é fácil.
in AVIS