22.06.06
SE VÊS A SÉRIE, SE GOSTAS DE ACOMPANHAR SEMANA APÓS SEMANA E NÃO QUERES SABER NADA ANTES DE TEMPO, ENTÃO É MELHOR NÃO LERES O QUE VEM A SEGUIR!

A segunda série de Lost foi uma desilusão, ainda que nos elucide acerca de um factor, os produtores perderam-se, pelo menos durante a maior parte da série.
Do meu prisma, esta segunda série é bem mais fraca do que a primeira e nem é o que se passa na ilha que é o grande problema, antes os flashbacks das personagens, dos perdidos.
Em metade dos episódios não sabia se havia de bocejar ou de desligar a televisão, há histórias que são demasiado longas e/ou desinteressantes, e as coincidências enervam qualquer um. Só mesmo em televisão.
Depois, as personagens. Há algumas que parecem ter sofrido uma lavagem cerebral, e não são, não são, as mesmas do ano anterior.
Exemplo disto é Michael. Completamente alucinado pelo desaparecimento do filho ( e há coisas que não se conseguem explicar) Michael torna-se numa verdadeira besta quadrada, e no último episódio, aquando do reencontro com o filho, as reacções esperadas pela situação vivida (em relação às outras personagens) são inexistentes; quanto a este assunto, uma curiosidade, o filho de Michael quase não aparece (a verdadeira razão é o actor encontrar-se na puberdade, e a crescer mais rapidamente do que seria requerido).
Quanto às restantes, Kate pouco aparece, principalmente se tivermos em conta a 1ª época, Swayer anda ali na fronteira do anti-herói que adoramos e odiamos, mas Locke é o que mais dificuldade tenho em compreender. Nunca sabemos se é uma personagem linear ou não, e talvez, por vezes, nem o próprio actor saiba. PArece-me que há olhares e atitudes que servem somente para criar ansiedade e dúvida no espectador e pouco mais, ainda que tenham intervenção na própria acção da série.
Há personagens novas interessantes, Ecko e Anna Lucia, mas a primeira é demasiado confusa (na cabeça dos argumentistas) e nunca se despe desta confusão. Anna Lucia, bem, Anna Lucia morre e esta morte ainda me está encravada na garganta. Aparentemente, foi algo decidido logo no início, quando Michelle Rodriguez assinou fê-lo com a promessa de que só ficaria um ano, e assim a personagem é morta por um companheiro (duplo ai ai...).
Quanto aos Others aprendemos mais algumas coisas, e nem todas acabam por fazer sentido, ou seja, ainda não temos todas as peças do puzzle.
Enfim, a sensação é de que a série avançou pouco, ainda que na realidade não seja bem assim. Um dos produtores dizia que o último episódio era o melhor que já se viu em tv, aliás, dizia que nunca se viu nada assim...cá para mim o rapaz vê pouca televisão. O episódio é bem melhor do que a maior parte da série, e melhor do que o último do ano passado (uau! tarefa difícil!!!), mas não foi assim nada de especial. Repondeu a meia dúzia de perguntas, e deixou uma dúzia, e fê-lo em uma hora e meia e não em 10 episódios. É esse o segredo, bem simples, na verdade.
Quanto à ilha, aparecem pistas de que pode ser a Atlântida, Lemúria ou Mú, o que na realidade vai dar quase ao mesmo. E o botão, a melga do botão, que tem de ser pressionado de 108 minutos em 108 minutos, parece ter a missão de manter a ilha invisível ao mundo exterior.
O que na 1ª série resultou muito bem, os flashbacks aliados ao avanço da história, esta época não resultou como devia. E por isso, soube-me a muito pouco e não foi tão divertido e excitante como na época passada. Tenho dúvidas quanto à 3ª Série, veremos...se aprende com a 1ª ou com a 2ª...
publicado por wherewego às 22:06

A arbitragem de Graham Poole no jogo Austrália - Croácia é a prova de que a descolonização inglesa não correu bem.
Os Ingleses não gostam dos Australianos, não, não gostam.
publicado por wherewego às 22:02

Uma criança de 6 ou 7 anos desaparece, é encontrada horas depois tendo passado aquele tempo na companhia de "um mongolóide".
O que parece, inicialmente, ser um livro sobre pedofilia com um twist, passa rapidamente a ser um livro sobre um crime que não parece crime, uma rapariga de 15 anos é morta sem que haja indícios de violência, e sem que se descubra quem está por trás da sua morte.
Karin Fossum cria uma obra policial interessante através de perguntas e respostas, aqui é o trabalho policial, o inquérito, que toma o lugar principal na narrativa.
O que é interessante é que a realidade dinamarquesa não está tão longe da nossa:
-Gostas de ler?
-Nem por isso. Mas uma estante cheia de livros faz boa figura.
(pág. 200)
publicado por wherewego às 18:34

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