Terminei ontem a 1ª série de Nip Tuck. Demorei mais tempo do que pensava, mas a série é bem mais pesada do que inicialmente esperara.
Nip Tuck é sobre pele, como diz o produtor e criador Ryan Murphy. É sobre operações plásticas, é sobre aparências, é sobre o que fica acima e abaixo da pele, sobre as aparências e os sentimentos.
Nip Tuck não é uma série familiar, mas os seus contornos têm algo de familiar, de natural, ainda que não corriqueiro.
Nip Tuck explora a vida de dois cirurgiões plásticos, donos de uma clínica, amigos de longa data e que têm os seus problemas. Um, é casado, vive as dificuldades do casamento, pensa que a esposa o trai com um colega e adultera com uma paciente em estado terminal; o outro, sofre de um apetite sexual voraz e da falta de escrúpulos e moral, o que lhe vai trazer enormes problemas ao longo da série, o que seria de esperar pelo seu feitio e atitudes.
O que se torna engraçado é que a série não é moralista ou moralizadora, mas não deixa de o ser. Li a opinião de um crítico que dizia que nunca na televisão se vira a construção de uma personagem dum modo tão perfeito e natural, é quase uma oficina de escrita, um workshop.
Nip Tuck não segue clichés, ainda que por vezes saibamos o que vai acontecer, trata de assuntos difíceis sem ligeireza, e as operações dão-nos a volta ao estomago.
A segunda série já está a postos, mas antes tenho de acabar de ver Carnivale.
De qualquer modo, aconselho vivamente.
esta 1ª série trata de máfia, tráfico de drogas e mulheres, vaidade(s), dinheiro, sexo, casamento, mudança de sexo, descriminação e outros temas. Aventurem-se...