A minha é feia. Há várias razões para isso, penso eu. Costumo pensar numa.
A primeira classe. Fomos obrigados durante anos a escrever a data: Seixal, 2 de Novembro de 2006. Embora nunca me tenha apercebido do porquê de tal ritual, pelo menos durante tantos anos.
Todos os dias encarar um novo dia na folha do caderno. Ora, na minha turma tentámos mudar um pouco a forma como se escrevia a data. Fizemos campeonatos! Agarrávamos no lápis, afiavamos o mais possível e ganhava quem escrevia a data mais pequena.
A professor nunca nos tentou dissuadir, ainda que não conseguisse ler o que escrevíamos na maior parte das vezes.
Nunca tive, a não ser por parte dos meus pais, ninguém que me dissesse arredonda mais a letra, estica, e coisas do género.
Ainda hoje os alunos perguntam de vez em quando o que está escrito, mas há sempre um ou outro, que comunga o trauma da caligrafia comigo, que traduz.
Enfim...mais um traço distintivo.