Da parte da Associação de Linguistas estava uma antiga professora, Drª Coutinho.
Eu sempre fui “alérgico” a Linguística. Do que eu gostava, e gosto, é de Literatura.
Consigo compreender a necessidade ou o aparecimento de uma nova Terminologia porque a recebi no Ensino Superior. Muitos dos criadores/estudiosos da TLEBS deram-me aulas. Bebi e fui obrigado e perceber, ou a entender, estas novas nomenclaturas.
Não sei avaliar a necessidade, sei que por vezes torna mais clara a compreensão da língua, mas sei avaliar a dificuldade que tive. Parece-me que começar logo de início tem, à partida, dois pontos, um a favor e outro contra.
A favor, que as crianças aprendem logo de início, e a verdade é que se os professores a souberem dar e compreender, para os petizes a dificuldade é, mais ou menos, a mesma. Contra, tem a ver, obviamente, com o lado dos professores. Pessoas que dão aulas, ou estão, mais ou menos, familiarizadas com a Gramática terão dificuldade em apreender, em muitos dos casos, as alterações propostas; aliando isto à ausência de tempo para estar com a família, ao aumento de horas na escola, às alterações cíclicas dos programas e à crítica de professores, escritores, jornalistas e até de alguns linguistas, parece-me que a TLEBS vai ser uma luta ainda por mais algum tempo, luta esta que conhecerá o seu desfecho na altura dos exames daqui a três anos.
Adenda: Parece-me lógico realçar que a TLEBS depende da interpretação, estudo, formação dos professores. Se estes não gostarem de linguística (neste caso, mais pura e dura), tiverem dificuldades e falta de tempo para se dedicarem a isto, então teremos um grave problema em mãos.