Realmente o futebol pode unir gerações.
Trabalho no Barreiro e às vezes vou tomar um cafézito, ou uma refeição mais completa.
Já fui três ou quatro vezes a um café de bairro, nada de especial, reformados acima de tudo, em que a dona insiste em chamar-me «filho», um tipo acaba por se sentir bem, não?
Das duas primeiras vezes notei que havia um velhote que era gozado pelos outros por ser tripeiro, ouvi mas calei.
Na terceira ida o velhote emtabulou conversa comigo a rapidamente foi impelido a terminá-la «Deixa o senhor, ele não é dos teus», ao que rapidamente retorqui que era sim senhor, portista com muito orgulho.
Ao ouvir isto, o senhor sorri de orelha a orelha, olha para mim de baixo, diz que sou demasiado alto, puxa de uma cadeira e, pedindo-me desculpa, abraça-me ali no meio do café!
Assim mesmo, com palmadinhas nas costas e tudo.
E depois contou-me a versão mais ou menos resumida da sua vida...
Por isso é que eu gosto dos cafés de bairro e das tascas, o Portugal humano está bem presente.
E vocês já receberam um abraço destes?