Nova Orleães esteve bem cedo presente na minha imaginética pessoal como a cidade de Tom Sawyer. Os Barcos, o Mississipi, as ilhas, etc.
Hoje, quando aparece na tv ou no cinema, NO é essencialmente a cidade do Mardi Gras, do voodoo e dos antigos escravos (como era diferente a imagem do Jim).
K-Ville tem sido criticada pela pobre descrição e pouco realista da cidade de NO. Fica a milhas da descrição de Baltimore feita por Homicide: Life in the Streets (Departamento de Homicídios) e The Wire, para dar um exemplo.
Mas, a verdade é que se nos esquecermos da cidade como pano de fundo e tivermos só em conta as histórias que são contadas, K-Ville não é nada má, e tem pernas para andar.. Aliás o segundo episódio é bem melhor do que o piloto. De longe...
Em K-Ville seguimos as aventuras de dois polícias, um negro, natural de NO e que luta para que a cidade volte ao seu esplendor pré-Katrina e outro, de Chicago, que ali foi colocado, ou assim nos é vendida a sua história.
No primeiro episódio analisa-se a fortuna fácil feita com o desastre natural, no segundo analisa- -se, verdade seja dita, mais ou menos o mesmo mas de modos diametralmente opostos e numa perspectiva bem mais policial e menos detectivesca.
A série não é perfeita. O piloto parece ter sido cortado, ou então foi simplesmente mal escrito. Há cenas que parecem ficar a meio, e o seu obectivo parece não ser concretizado. O segundo episódio consegue ser muito mais interessante e equilibrado.Concluindo, K-Ville tem um elenco carismático e em dois episódios ainda não começou a desenvolvê-lo (tem ocupado o seu tempo a desenvolver as duas personagens principais e a química entre elas), mas com tempo e arte poderá ser um marco no actual panorama policial televisivo. Com maior ou menor veracidade da cidade como personagem. Mas, nem tudo é perfeito...ainda.Esta é uma das minhas apostas e espero que não lhe aconteça o mesmo que às minhas séries favoritas o ano passado. Foram todas canceladas (as novas séries, pelo menos).