O facto de haver alguns números musicais, e eu abomino filmes musicais com excepção de Moulin Rouge, e escolher este filme mostra o meu respeito pelo trabalho aqui feito.
Razão mais forte para escolher Jaws? Fácil, é o Jaws!!!
Em vez de um filme quase que escolho um realizador, Sergio Leone. Mas, depois de pensar muito fico na dúvida. Escolho Era uma vez no Oeste ou Era uma vez na América?
Escolho entre Henry Fonda (excelente no papel de Vilão), Charles Bronson e Claudia Cardinale ou James Woods, Robert deNiro, Joe Pesci, Danny Aiello e Jennifer Connelly? Hummmm.
Leone tem no western a mais longa opening scene com os créditos a rodar (cliquem para vê-la), infelizmente não conseguiu que queria, que era ter tido os seus três actores de O Bom, o Mau e o Vilão para a cena de abertura. Há Bronson num papel excepcional, o humor e a dureza, a noção que o western está a morrer. Era Uma Vez no Oeste é uma carta de amor dorida por um Leone que fez westerns melhor do que a maioria.
Mas, eu tenho uma paixão avassaladora por algumas cenas, pela beleza, pelo conjunto, pelo som, pela banda sonora de Era uma vez na América. E o final é a coisa mais saborosa que me lembro, aquele final que nos leva a pensar na forma como uma história é contada, em relativizar os sentimentos de quase quatro horas, em fazer uma vénia a Leone. Era uma Vez na América é uma experiência irrepetível. E tem uma sensibilidade que hoje é quase inexistente.
E, mesmo com a subversão das regras, ainda me faltam dois filmes. Correcto?
Então o próximo são 3:p.
Trata-se de uma trilogia de Hong Kong e que deu origem ao oscarizado Entre Inimigos. Infernal Affairs (Os Infiltrados) é uma das minhas obras favoritas. Fiquei agradavelmente surpreendido com o primeiro, o dois interessou-me ainda mais e o terceiro desiludiu-me um pouco, embora em termos de abordagem faça sentido fazer um filme mais interior, psicológico.
Já escrevi aqui sobre a trilogia, por isso não me alongo mais. Vejam, é obrigatório! Esqueçam lá o Di Caprio...
Finalmente...hummmm. Poderia falar de tantos outros. Escolher aquele ou...
Rosebud. Sabem do que falo?
É para mim, e aparentemente para muitos outros, o melhor filme de sempre. Espanta-me que um filme realizado em 1941 consiga ser tão actual, tanto no que diz ou não diz, na forma como aborda as questões, como na técnica. É brilhante.
Citizen Kane, meus amigos, ou Orson Welles.
Tenho de convidar mais cinco pessoas a nomear os seus cinco favoritos. Durante a próxima semana lanço os nomes.