A produção de séries com cunho sobrenatural está de boa saúde e recomenda-se, entre extra-terrestres, mortos e demónios há imensas séries, ou tem havido nestes últimos anos, na TV ou em DVD.
Ora, apreciando este espectro há que destacar uma das séries estreada na nova época televisiva nos Estados Unidos,
Pushing Daisies.
Uma breve viagem pela net mostrou-me que há um equilíbrio complicado entre o elogio ao piloto e o medo do futuro.
Explicando, já li que PD teria sido um excelente filme, que será difícil transformar um excelente (excelente, nunca é demais ressalvar) piloto numa boa série, é que o primeiro episódio é tão bom que dificilmente os outros chegarão lá perto.
Mas, o que é PD?
Pushing Daisies é uma série com muitas características dos filmes de Tim Burton, ainda que tenha mais humor e cores berrantes, em vez do ambiente soturno.
PD é relatado em voz-off, e conta-nos a história de Ned que, ainda criança, descobre que tem o poder de reviver os mortos com um toque. O busílis é que ao segundo toque o recém ressuscitado morre outra vez, e se Ned não der o segundo toque no espaço de um minuto alguém morrerá, estabelecendo o equilíbrio natural.
De uma forma simples, caracteriza-se esta série de cores berrantes, com um humor finado (perceberam a piada?) e um excelente piloto. Mas, não ficamos por aqui...
No piloto, Ned encontra a sua namorada de infância já morta. Não resiste a tocá-la e demora mais do que um minuto, depois prefere ter a sua companhia do que perdê-la novamente.
Mas Ned reencontrou a sua paixão de catraio através do seu biscate. Juntamente com um detective privado vai ganhando a vida, ressuscitando os assassinados em busca da identidade dos seus assassinos, ganhando a recompensa pelo desvendar dos crimes.
É uma das surpresas da temporada, a ver vamos se o nível se mantém...A série é brilhante e merece atenção, ia pedir atenção às televisões portuguesas, mas mesmo que a comprem vão transmiti-la de madrugada por isso...