Sempre me fez confusão o discurso da vitória de alguns sectores evangélicos.

Ouvindo as emissões de rádio do Templo Maior, por exemplo, tremo sempre que ouço que em Deus não há lugar para sofrimento.

Olhando para os 66 livros que temos vemos o sofrimento em grande medida. Tirando o sofrimento ficamos sem José, sem David, sem job, sem muitos dos Salmos, sem Jesus, sem a Igreja Primitiva para dar alguns, poucos, exemplos.

I Pedro 4.13: Mas alegrai-vos no facto de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.

Marcos 10: 29 e 30: Respondeu Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho que não receba cem vezes tanto, já no presente, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições, e no mundo por vir a vida eterna.

(sublinhado meu)

A vitória tem a ver, penso eu, com o manter-se fiel até à morte e receber a vida eterna, tudo isto dependente, claro, da Salvação pela morte e sofrimento de Cristo.

O Espírito Santo é uma pessoa, assim como o Pai e como o Filho.

No entanto, por ser Espírito tem mais trabalho que as outras duas pessoas da Trindade. Explico...

Ouvir alguém dizer que "o Espírito disse-me" é muitas vezes um exercício de paciência e de conhecimento bíblico. Se de facto reconheço a minha falta de paciência, considero-me relativamente conhecedor das Sagradas Escrituras. Fico então na dúvida, se realmente o mesmo falou ou não.

É que são diferentes coisas, interpretar a Palavra segundo o Espírito e receber novas revelações do mesmo, que entram em tensão com as anteriores.

Descartar o que as anteriores dizem ou ir além destas abre caminhos novos, caminhos estes que me parecem a mim não terem a sanção de Deus.

Mas posso ser só eu...