Tenho de comprar menos jornais e revistas.
Por causa da crise? Sim, mas não da económica.
Eu sei que, e se não soubesse algumas das aulas de Mestrado ensinavam-me, os nossos órgãos de comunicação estão nas mãos de 5 ou 6 Grupos transnacionais (Estado incluído).
A verdade é que comprando o Expresso e o Sol, o Público em alguns dias da semana, lendo o Correio da Manhã no café, às vezes o DN (noutro café), uma ou outra revista semanal (Sábado ou Visão), comprando a Ler e a Meus Livros leio várias vezes as mesmas entrevistas, conheço as mesmas pessoas no espaço de um mês.
Este mês (últimas duas semanas e as próximas) tem sido MEC, mas o mês passado foi outro/a qualquer (desculpem o uso da expressão, que pode indicar um menosprezo pelo MEC que é totalmente descabido). Parece que semana após semana as mesmas pessoas vão sendo entrevistadas por pessoas diferentes (espero, confesso que não leio, na maior parte das vezes, o nome dos jornalistas). E se às vezes se compreende, pelo lançamento de um livro, pela realização de um filme, por outras a lógica não é assim tão linear. Ou será, se tivermos em conta qual o Grupo Transnacional que se encontra por trás, e os interesses que detém.
De qualquer modo, já inovávamos, não?
PS. O cansaço não é por ler 6 vezes uma entrevista com a mesma pessoa, é por ler 6 vezes a mesma entrevista.