Há momentos em que penso que ando louco, e já perdi o fio à meada.
Depois acontecem-me coisas como as de ontem, e respiro fundo. A ser verdade, não sou o único.
Ora, deixem-me contar a história, com certos laivos de surrealismo.
Fui à Bertrand, com o intuito de comprar Os Senhores da Má Língua (MEC, Rui Zink e Manuel Serrão).
A Bertrand de Almada é relativamente recente, pelo menos nas actuais instalações, pelo que se percebe e perdoa alguma desorganização e tentativa de colocar em ordem aquela teoria do caos em maquete.
Vi, dei mais uma ou duas voltas, mas não descobri o livro. Dirigi-me a uma das empregadas e perguntei se o livro já saíra.
Já, já - foi a resposta afoita, apontando para um poster do mesmo.
E sabe-me dizer onde está?
Claro!
O claro foi demasiado afoito, já que, com a quantidade de livros novos, de promoções e outras coisas que tais a pensar no Natal, e por não ter sido ela a arrumar o livro pretendido, a descoberta, e posterior entrega do livro terá demorada uns largos 5 minutos, a caminho dos 10!
Enfim... é nestas alturas que um tipo se sente mais animado. O caos, a entropia, a falta de atenção, não são falhas somente pessoais. Estamos todos no mesmo barco, perdão, montanha russa.