08.03.10
A homenagem que mata o homenageado (de coração), o artista (ai, minha mãe) e as hipóteses de vencer qualquer coisa. Quê que foi isto?

Ora, eu até ando com um cd ao vivo do José Cid no carro, mas não sabia se havia de rir, ir à casa de banho ou chamar o psicólogo.

A letra é sublime, duvidam?
"Encontrei-te por acaso, numa rua da cidade, nosso olhar quando cruzado, foi logo de cumplicidade, foram dias, foram meses, foram horas a sonhar, eu confesso que por vezes muito mais para acreditar (...) fui para ti mais um passatempo. Desaparece da minha vida, não aguento nem mais um dia, antes quero solidão que viver na humilhação (...) mas o meu amor por ti, continua a crescer".

Na melhor das hipóteses, bipolar, não?
Claro que a inspiração deve vir quase toda de O Melhor Tempo da Minha Vida: "Foi só por curiosidade Que tu estendeste a mão, Foi só mais uma aventura, Do teu ego sem paixão. Eu que fui todo ternura, Que fui todo o coração, Tarde de mais compreendi Qual a tua intenção...
 E no entanto obrigado, obrigado para sempre. Pois por mais tempo que eu viva, Eu nunca vou esquecer Que tu mesmo, sem querer, Me vieste oferecer O melhor tempo da minha vida, o melhor tempo da minha vida, o melhor tempo da minha vida...
Os meus amigos de sempre, Vieram-me avisar Para ter cuidado contigo, Que mais tarde ia chorar. Só que eu dei tudo por tudo, Julguei que tu poderias Amar alguém que te amasse, Que te modificarias."

Fica a homenagem e o estilo do cantor, que mais do que ninguém me parece acreditar no que canta, convicto, mais do que quando diz que quem não arrisca, não.........petisca.







Portanto, duas músicas, uma canção à Cid (pois, pois. Todos podem querer, mas nem todos as sabem  fazer) e a vencedora, um rip of da Disney. Mas há mais, amanhã, provavelmente.
publicado por wherewego às 13:44

publicado por wherewego às 13:20

publicado por wherewego às 13:19

Ah!, o Festival da Canção. Derreado com uma dor nas costas, que me moeu todo o fim-de-semana e continua hoje, fui ouvindo o anteriormente Acontecimento da TV portuguesa. Confesso que aquilo me fez bastante confusão, quase todas as músicas pareciam homenagens a artistas/canções/estilos mais ou menos conhecidos, mas em mau. Irritante, também foi o facto de ver que todos os cabelos e vestidos ondolavam ao sabor do vento, e as cores que apareciam nos ecrãs lá atrás eram dignas de nos levar hoje ao oftalmologista.
Bonito, bonito, foi ver a vencedora agradecer a vitória ao som de um coral de assobios.
Mas sobre as músicas (querendo a sorte, todas) falaremos ao longo desta semana.

Comecemos pela vencedora.


No início parece ser outra coisa, mas quando chega ao refrão é impossível não pensar na Banda Sonora do Aladino da Disney.  Não consigo ouvir a canção vencedora sem me lembrar do Aladino, e tem tudo para ir a andar no Eurofestival. Depois queixam-se que os Lordi ganharam há uns aninhos. Pode-se não gostar da letra, do estilo e da caracterização, mas é muito melhor do que esta coisita.
publicado por wherewego às 13:14

Há por aí um livro interessantíssimo, que mostra que nem todos os grandes artistas foram grandes Homens (neste dia, parece-me de bom tom escrever também Mulheres), chama-se Intelectuais.
Tenho, pelo menos, dois amigos (cunhado incluído) que veneram a música de um senhor chamado John Mayer. Se John Mayer tosse, acredito que eles vão comprar um remédio à farmácia e enviam por correio.
A semana passada começaram nas invectivas para com a organização do Rock in Rio, tudo porque parece que no dia de John Mayer tocam Ivette Sangalo e Shakira. O que me parece que não terá passado pela mente destes dois fãs é que o cartaz desse dia pode ter sido resultado de duas ou três coisas: uma homenagem da organização a John Mayer, um pedido de John Mayer ou uma forma de o convencer a vir ao Rock in Rio. Já explico as razões da minha teoria.
Antes, somente, realçar uma realidade, muitas das vezes os fãs de determinado artista ignoram as convicções religiosas, políticas, sociais e outras do mesmo, ou até os hábitos da criatura.
As hipóteses avançadas atrás têm como base uma entrevista do artista à Playboy americana, que deu, como seria de esperar, celeuma.

Deixo aqui algumas passagens, sem me dar ao trabalho de as comentar.

"there have probably been days when I saw 300 vaginas before I got out of bed," (falando de pornografia online).

"When I watch porn, if it's not hot enough, I'll make up backstories in my mind. My biggest dream is to write pornography."

A entrevista (talvez por ser para a Playboy) versou sobre as ex-namoradas, causou celeuma por Mayer usar a palavra nigger e apelidar o seu pénis de supremacista branco, etc, etc, etc.

Por tudo isto, parece-me que Mayer deve ter ficado agradado com o cartaz do Rock in Rio, mas se calhar sou só eu que sou mauzinho.
publicado por wherewego às 12:59

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