O pai, farto da balbúrdia semanal, sorri rangendo os dentes. Lembra-se dos passeios com o pai ao campo. Aí sim, brincava, jogava à bola, corria, aprendia a ser criança.
Olha tristemente para o seu filho! Sorri e pede-lhe calma.
A mãe procura, atenta e lentamente, uma prenda para a sogra. Farta-se dos gritos do filho. As suas corridinhas e gritinhos cansam-na. Dentro duma loja, a mala empurra umas canecas para o chão. Paga-as a contra gosto.
Cinco minutos depois o puto corre até ela e pede-lhe um brinquedo que vê numa montra. Pensa nas canecas e puxa o braço atrás. Dá-lhe uma bofetada, que o apanha desprevenido.
“Tou farta de ti! Porta-te bem.”
Uma lágrima cai, sorrateiramente, pelo rosto do catraio. A chapada magoou-o. Mas não na cara.