Falar de livros que estão noutro local é difícil, por vezes falta a frase ou sentido real e pode-se simplesmente dar a ideia geral.
Enfim... avancemos.
A Infelicidade Pela Biografia foi um prazer. Um relembrar das aulas com o Prof. Abel, pelo estilo, pelo humor, pelo sarcasmo, pela ironia, pela temática. Ainda que ignorante, em maior medida do que pretendia, gosto de Teoria da Literatura e de tudo o que tem a ver com o forro/a outra face da literatura.
A Infelicidade foi a desculpa para voltar a alguns termos esquecidos, ah! os anacolutos...
Um bom livro. E pequeno de tamanho, o que agradará a muitos. De qualquer modo, o Autobibliografias (é este o nome?) está lá à minha espera. Dependerá só da leitura do Machado de Assis.
Algumas das crónicas são imperdíveis. A primeira, sobre a ida do cronista ao cinema, ver O Carteiro de Pablo Neruda, e uma desculpa para falar de leituras, ou outra, sobre a linguagem hermética e difícil de muitos textos académicos.
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Night Train to Lisbon é um best-seller. O que quer que isso queira dizer. Andei a passeá-lo por mais de três semanas. Houve momentos em que pensava se o continuaria, e outros em que prolongava a leitura com redobrado prazer.
Acabei-o ontem. Já um pouco farto de toda a trama. Serei ainda novo para o compreender?
Talvez...
O livro conta a história de um professor de línguas que, de um dia para o outro, decide mudar de vida. Um encontro com uma portuguesa e com um livro português dão-lhe a desculpa. Vem a Portugal, decidido a descobrir o autor do livro que descobriu.
É um romance de descoberta, de pesquisa, de indagações, directas e internas, de paradoxos e contradições, de descoberta de personalidades, do indagar sobre o ser humano.
Li-o em inglês, e os erros no português são demasiados. Nunca fui muito de existencialismos. E este é, de certo modo, um romance existencialista, já que indaga sobre a existência e a utilidade das actividades. Por trás, há o período de resistência ao Estado Novo, e o Estado Novo, o 25 de Abril, as escolhas pessoais e as dificuldades de temperamento.
Um livro interessante, mas demasiado penoso para mim, pelo menos, no momento actual.
6.25/10