Raros são os livros que releio ( a meu ver é algo deste género, se tenho tanta coisa para ler e conhecer porque perder tempo a ler coisas que já li?), mas cada livro tem uma vida própria. Há aqueles que são difíceis e só depois de muitas tentativas é que entramos na engrenagem (esta semana estou a ler e a gostar bastante dum livro que já tentara ler pelo menos umas 3 vezes, esta semana consegui! Já agora falo do Mário de Carvalho - Era Bom que Trocássemos umas Ideias sobre O Assunto), há outros que se dispõem a ser devorados em menos de nada, há depois uns estranhos que nos fazem parar o ritmo, em que parece uma pena acabar com ele. Há livros que são uma experiência traumatizante, por um lado queremos lê-lo por outro não queremos que a leitura acabe.
Estou a ler o 2º volume dos Retalhos da Vida de um Médico do Fernando Namora. Não sei em que grupo o coloque.
Estou a gostar bem mais do que do 1º volume. É mais pessoal, é mais humano, é mais estupidamente ridículo porque se apoia na experiência humana, na observação da humanidade. Tem sido bom rir, chorar, ficar afrontado com um autor não contemporãneo. Volto a colocar a minha "fé" na literatura, acho que já estou a perceber o que os professores de Teoria queriam dizer com pensar o mundo, com Namora consigo pensar um Portugal já passado, mas ainda com alguns pontos de contacto com o nosso. Resquícios?
publicado por wherewego às 10:40