Saído do trabalho, dirigi-me a um centro comercial para fazer compras no Continente. Não havia muita gente, para minha surpresa, e quando chegou o momento de escolha de caixa, escolhi a que tinha somente um carrinho em fila.
Normalmente, sou um bocadinho stressado nestas coisas, mas ontem a coisa deu-me para o riso interior. No carrinho à frente do meu, estava um casal, no início dos 30, carro atafulhado de compras. Quando começaram a arrumar as compras no tapete, vi que as arrumavam por secções, tiravam uma coisa e metiam mais à frente, outra vinha mais para trás, o que fez com que, no início, as compras no tapete tivessem dez cm de distância. Para além disso, tinham cuidado na forma como colocavam as compras, por vezes, alterando a disposição inicial do produto. Uns pacotes de manteira que foram colocados na horizontal viram a sua posição inicial alterada, ficaram na vertical. Tudo muito compassada e paudamente, com um certo grau de ritualismo, mesmo.
20 minutos demorei eu até começar a colocar os meus produtos, mas não sabia se havia de mandar vir com eles ou continuar a divertir-me com as taras alheias.
Optei pela continuação do divertimento.
Eles foram-se embora, eu coloquei as minhas compras no saco, paguei, voltei ao carro e, ao lado do meu, lá estavam eles, decidindo a melhor posição para cada saco.
Moral da história, arrumei as minhas compras, liguei o carro e fui-me embora, eles ainda não tinham entrado no carro.
Ufa.