26.01.10
Os subprodutos, que estão na moda, vampíricos levaram-me ontem a relembrar 30 Days of Night, o filme.

Curiosamente, Josh Hartnett consegue estar bem num filme, ou se quiserem, há um filme com ele que vale a pena, ainda que não seja para toda a gente.

30 Days of Night é a adaptação cinematográfica dos romances gráficos (nome pomposo para BDs) de Steve Niles e Ben Templesmith.

A história é simples. Uma cidade no Alasca, Barrow, é atacada por vampiros no momento em que está mais vulnerável, na altura em que passa por 30 dias de noite (o que acontece uma vez por ano).

Se a história era facilmente transponível para o grande ecrã, a dificuldade maior da adaptação passava pela manutenção do estilo de Templesmith, que é muito próprio.



Há quatro coisas a favor desta adaptação.
É dura, os vampiros não entram na linha romântica e sedutora da onda Twilight, mas são caracterizados como criaturas animalescas (daí que os grunhidos façam sentido e nos incomodem, quando em Destino Imortal são simplesmente ridículos). O carácter animalesco nota-se também na caracterização física e no sangue seco presente na parte inferior do rosto.

Por outro lado, a ambiência do filme. O som tem um papel preponderante neste filme, entre ruídos, gritos, grunhidos e respirações acentudas, a banda sonora transmite-nos a inquietação necessária para se retirar do filme o que os criadores desejam.

É claramente um filme de vampiros, mas é também um filme de resistência. Passamos metade do filme a assistir à tentativa dos humanos sobreviverem dos ataques (directos e indirectos) vampirescos, com o necessário esgotamento (físico e psicológico).

A realização é inteligente. Há sangue, a rodos, mas mais do que mostrar com a câmara em cima, por vezes coloca-se a câmara ao longe, de modo a transmitir a violência e a inutilidade dos esforços de fuga. Há cenas fortes, mas as cenas mais duras, psicologicamente falando, são aquelas em que só ouvimos a acção. Estou-me a lembrar duma cena em que Ben mata um dos seus colegas, entretanto transformado, e a única coisa que vemos (e ouvimos) é Stella, a sua esposa, agachada a uma parede e o som do seu choro.

O filme não é obviamente passável numa tarde de Domingo, é mais pesado do que isso. Mas tem dentro de si as questões que os adolescentes gostam (amor, sacrifício, amizade), embora dadas de forma mais adulta e consistente. Realce-se que não é para mentes sensíveis, a esposa fechou as portas (a da sala e do atelier) por causa dos sons que saíam da televisão, incomodou-a.

Um grande filme, longe da standardização adolescente a que os filmes de Hollywood nos vêm habituando, o que deverá ter tido impacto no sucesso obtido.

Os últimos 20 segundos são antológicos.
Vejam, se forem capazes.


Uma última nota: 30 Days of Night: Dark Days vai ser uma realidade, ainda que directamente para o mercado de DVD.
publicado por wherewego às 14:06

26.11.09
Estou farto dos vampiros cócós. "Ai que ele é tão giro!!! Gostava tanto que me desse uma dentada!"
Querem vampiros a sério, leiam as graphic novels de 30 days of night, depois falamos.




publicado por wherewego às 12:45

07.11.07








Ponto 1. É uma das minhas bds favoritas, é assim que deviam ser todas as bds sobre vampiros.




Ponto 2. Há um ano que ganho bilhetes para as ante-estreias. Nunca ganhei nenhum para aqueles filmes que quero mesmo, mesmo, mesmo ver.






Ponto 3. 1+2= hoje vou ver a ante-estreia de 30 Days of Night.

E estou ansioso, porque não tinha grandes espectativas, e as críticas da Newsarama dizem que o filme é, por vezes, melhor que a BD. Hum...

Amanhã conto-vos.







publicado por wherewego às 08:00

20.04.07
A imagem pode assustar muito boa gente, mas a verdade é que a(s) séries de comics 30 Days of Night devem muita da sua popularidade tanto a Steve Niles (criador e argumentista) como a Ben Templesmith (co-autor e artista de algumas das arc-stories). E para os fãs de vampiros, não há muitos objectos (cinema, séries tv, livros, comics) melhores do que este "franchising".
30 Days of Night foi publicado pela IDW, em 2002, e daí para a frente transformou-se num caso de popularidade, que passará brevemente ao cinema, com argumento de Niles, e com Josh Hartnett à frente do elenco.
A história original passa-se em Barrow, no Alasca, onde o sol não aparece por um período de 30 dias, são esses os dias nomeados pelo título, período aproveitado porvários vampiros para matar a sede, e não só.
Depois de 30 Days of Night, a história continuou em Dark Days, Annual 2004, 30 Days of Night: Return to Barrow, 30 Days of Night: Bloodsucker Tales, Annual 2005, 30 Days of Night: Spreading the Disease. Depois dos comics foi a vez dos vampiros de 30 Days aparecerem em romance, Rumors of the Undead, da autoria de Steve Niles e Jeff Mariotte.
Agora, antes do filme e de outros possíveis romances, é a vez de Templesmith voltar à série que lhe trouxe fama, com este Red Snow.
Pelo menos a primeira série já se encontra editada em Português. A arte é de tirar o fôlego.
publicado por wherewego às 12:36

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