Já aqui escrevi sobre Pérez-Reverte.
Um dos seus romances chega agora ao cinema, numa das mais caras produções europeias, com Viggo Mortensen no papel principal.
E depois temos Homem-Aranha 3, Zodíaco, Piratas das Caraíbas 3...
Uma boa colheita este 2007.
publicado por wherewego às 10:57
Arturo Pérez-Reverte é um dos meus autores favoritos.
Ainda que não tenha gostado de um dos últimos livros, O Cemitério dos Barcos Sem Nome, comungo do gosto pelo literário e fantástico, O Clube Dumas, e perco-me no seu requinte policial.
Este livro, O Pintor de Batalhas, pouco tem a ver com os três citados.
É igualmente intenso, mas claustrofóbico, duro e cruel como a realidade que tenta dissecar.
Faulques, um antigo fotógrafo de guerra, retirou-se para uma pequena povoação junto ao mar, onde pinta, no seu farol, um longo e largo quadro sobre a guerra, pegando em quadros e fotografias, clássicos e modernas, sobre o assunto.
Um dia recebe a visita de um antigo soldado de uma guerra civil, que perdeu tudo o que tinha por ter sido fotografado por Faulques. Cara a cara promete matá-lo.
E todo o romance constrói-se em cima das conversas dos dois, da memória de Faulques, e na interiorização, por parte do leitor, da natureza humana.
Um romance curto que me custou a ler, um exercício de filosofia sobre a guerra e a forma como a vemos, ou como é vista por diferentes prismas.
Um livro indispensável.
Para mim, um dos melhores de 2007.
publicado por wherewego às 12:00