15.12.10

 

A arte não é bem a minha praia, tipicamente independente, mas com um toque de manga. Perco-me várias vezes porque há diferentes personagens que me parecem iguais.

A história é, aparentemente, simples de contar. Scott tem 23 anos, namora com uma miúda do secundário (Knives, de 17 anos) e mora com um amigo gay, numa casa de uma assoalhada, como a casa é pequena dormem os dois na mesma cama.

Um dia, Scott apaixona-se por Ramona, começa então a receber cartas dos ex-namorados de Ramona, para poder namorar com Ramona terá de vencer os 7 ex-namorados maléficos.

Junte-se a tudo isto um pouco de Kung Fu chunga e um sentido de humor doentio, non-sense e infantilóide e temos uma das séries mais viciantes dos últimos tempos.

Comprei ontem os dois primeiros volumes e pode ser que a época natalícia nos leve ao cinema, para ver a adaptação.

Porque é que Scott Pilgrim me agarrou? Pelo sentido de humor, há piadas ao longo de todas as páginas, umas mais escatológicas, outras mais non sense, mas a forma como vence o segundo namorado maléfico é genial, o quadradinho acima enuncia outra fórmula usada, em vez de contar o que se passou, os personagens simplesmente remetem-nos para livros passados, ou mesmo futuros.

Por outro lado, no meio do universo criado, que é tão familiar como estranho, (por exemplo, sempre que Scott vence um dos ex-namorados, estes esfumam-se e ficam em seu lugar algumas moedas - até agora, muito pouco dinheiro; outro exemplo é a familiaridade das lutas para os outros personagens, estão todos à espera, sabem todos que golpes especiais vão ser usados) há uma espécie de descrição realista de uma certa realidade, já vimos estes personagens em outro livros, filmes, séries, mas ainda assim estes são únicos.

Scott Pilgrim já me agarrou.

 

 

 

publicado por wherewego às 10:40

12.11.09
A filha de Alan Moore também escreve BD.
Sherlock Holmes também desvenda casos nos quadradinhos.
Conferir aqui.
publicado por wherewego às 10:15

03.01.08


Os Skrulls andam infiltrados no Universo Marvel!
A imagem leva-nos para o grande acontecimento dos próximos meses, quem será um agente infiltrado?
Eu acho que é o Quesada. Com sorte, é o Mephisto, e o que fez a Peter Parker é um golpe extra-terrestre.
A ver vamos...
Sinceramente i dont care.
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publicado por wherewego às 11:52

07.05.07
Nas críticas de cinema do Sol leio sobre Homem-Aranha 3: "Tendo em conta que à terceira aventura se esperava a morte do herói...", pergunto quem esperava?
Quem escreve olha para a obra (menor, na sua opinião) sem ter em conta a herança dos comics.
Matar o Homem-Aranha em cinema seria afrontar os verdadeiros fãs da personagem e poderia ter resultados catastróficos.
Esquecem-se de que os filmes são alimentados por uma enorme falange de fãs, actuais e passados, que (con)viveram (fugaz ou largamente) com a personagem nos quadradinhos.
Os filmes têm então como objectivo chamar os fãs, mas também criar novos fãs.
Há aqui uma duplicidade, tenta-se que os fãs vão ao cinema, e que o inverso aconteça. O regresso de Venom, de Sandman e do fato negro nos comics (nos meses passados, actuais ou futuros) mostram a necessidade de publicitar o filme. E espera-se que aqueles que nunca leram ou já não lêem comics regressem através do cinema, chamando momentaneamente os vilões e o fato às páginas desenhadas para que estes não se sintam tão perdidos.
Matar o Homem-Aranha? Em condições especiais e únicas. Ninguém duvida que Steve Rogers volte, mas ninguém se preocupa tanto com o Capitão América como com Peter Parker. Em cinema não se mata a galinha dos ovos de ouro, pelo menos definitivamente, veja-se o regresso de Geofrey Rush em Piratas das Caraíbas.
Colocar a hipótese da morte do aracnídeo mostra o desconhecimento da história da banda desenhada e um desconhecimento total das regras do actual cinema e dos comics to film.
Resumindo, Spider Man não é Sin City.
E em segundo lugar, pode-se não gostar destes novos blockbusters, gostaríamos de voltar ao cinam com anti-heróis, mas o cinema com super-heróis está para durar. Pena que achemos que todo o cinema tem de ser com letra grande, e não consigamos imaginar um filme com super-heróis com Cinema.
Escrevo este post antes de ver o filme, acho a primeira sequela superior a muitos Filmes que há por aí. Depois, o objectivo primordial do filme (fazer dinheiro) foi conseguido, 148 milhões de dólares no primeiro fim de semana, o melhor fim de semana de sempre para um filme, vamos a ver como se sai o terceiro Piratas. Ainda faltam 350 milhões para perfazer o valor de 500 milhões de dólares, o custo da terceira aventura de Peter Parker.
publicado por wherewego às 12:22

03.05.07
Os filmes baseados em comic books tem dado alguns milhões (uns mais do que outros) à indústria cinematográfica.

Os fãs têm tido alguns dissabores (Elektra, Daredevil, Ghost Rider, entre outros), mas têm salivado perante outros (Homem Aranha, X-Men, Hellboy e Constantine).

Um dos próximos a saltar para o grande ecrã é (o agora odiado, por causa de Civil War e da morte de Capitão América) Iron Man. Em princípio, o fato será assim.


publicado por wherewego às 12:52

Dediquemos o dia de hoje à BD, não esquecendo de parabenizar (adoro a palavra) o Milan pelo excelente jogo de ontem. Soube-me a pouco:p

A DC Comics prepara-se para lançar alguns filmes, directamente em DVD, de animação com algumas das histórias mais badaladas de sempre.
O primeiro é a morte do Super-Homem. O Site encontra-se aqui.
publicado por wherewego às 12:49

11.04.07


O cartunista Johny Hart, autor de The Wizard of ID e B.C., morreu a 7 de Abril a trabalhar, i.e. a desenhar.


Os strips de banda-desenhada ficaram mais pobres.






publicado por wherewego às 14:47

22.02.07
Civil War foi o mega-evento da Marvel em 2006, e terminou esta semana.
Ainda que tenha sido extremamente badalado, elevado aos mais altos píncaros penso que a mega saga (de que ninguém fala) escrita por Keith Giffen, Anihilation é bastante superior no que diz respeito à qualidade e ao resultado final.
Civil War tratou essencialmente da necessidade dos super-heróis se registrarem para evitar desastres e perdas de vidas humanas como o episódio que abriu a saga. Assim, de um lado tínhamos os pró-registo e do outro os que estavam contra e por isso foram, são e serão perseguidos como foras da lei. De um lado, o Homem de Ferro, do outro o Capitão América.
Ainda que a série tenha sido interessante, os dois lados não foram descritos da mesma maneira, e o lado pró acabou por ser descrito como os maus da fita, até porque o Homem de Ferro tomou algumas atitudes (o tipo até contratou um vilão num dos números de Spider-Man) menos "boas".
Mas nem é isto que me causa mais problemas, o que me irrita é a forma como a saga foi terminada, de uma forma, para mim, muito brusca e com o Capitão América a tomar uma atitude que ou peca por tardia ou é somente uma forma estúpida de terminar algo. Para mim foi as duas coisas, o tipo já tem mais de 70 anos e está lento, demorou imenso tempo a pensar na sua própria posição e o final é claramente anti-clímax (mesmo com todas as cenas de luta) e muito pouco satisfatório.
Resumindo, DC rocks!
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publicado por wherewego às 16:28

16.02.07
Quanto a estabelecer uma hierarquia entre as diversas formas de expressão artística, isso parece-me impossível. Assim, aqueles que dizem que a banda desenhada é um género intrinsecamente inferior ao romance avaliam a banda desenhada aplicando os critérios do romance, e nesse caso é evidente que não se pode senão cheagar à conclusão que a banda desenhada é subliteratura. Mas essa gente esquece-se - ou não sabe - que a banda desenhada tem o seu próprio código, e que é apenas situando-se no interior desse código que se pode apreciá-la. Alguns pensam mesmo que, de qualquer modo, a banda desenhada não pode ser uma arte. Uma vez mais, é porque a conhecem mal e porque nunca viram, por exemplo, Little Nemo in Slumberland de Winsor McCay.
Essas reacções negativas vêm geralmente de mandarins da cultura de tipo universitário e nada têm de surpreendente, pois a cultura oficial é por natureza conservadora, e desde sempre desconfiou dos novos modos de expressão artística. no século XVIII desprezava os romances, e levou algum tempo a compreender que o cinema não é um subteatro. Acabará por se aperceber que a banda desenhada também pode, por vezes, ser uma arte. Esperemos que nãoponha então a banda desenhada sob sua tutela, erigindo-se em árbitro da sua estética e atribuindo-se o monopólio da exegese, o que teria como consequência fazer passar a banda desenhada de um gueto cultural para outro.
Hugo Pratt, o Desejo de ser Inútil, Relógio D`Água (pág.203 )
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publicado por wherewego às 10:20

Obviamente, a maior parte dad bandas desenhadas que surgem não são extraordinárias, mas é assim em tudo: em cem romances ou cem filmes escolhidos ao acaso, também não se encontrarão muitas obras-primas.
Um criador de banda-desenhada pode ser bom ou ser mau, mas de qualquer modo o seu trabalho parece-me comparável ao de um romancista: na banda desenhada também se trata fundamentalmente, de contar uma história, isto é, muitas vezes, de saber dominar o tempo, cada quadradinho pode ser uma sequência. São os códigod utilizados que diferem. Parece-me evidente que a banda desenhada é um modo particular de literatura. Se eu tivesse que definir a minha actividade, diria que sou um escritor que desenha e um desenhador que escreve, mesmo que o texto em si seja apenas constituído pelo diálogo indispensável. Tal é o enigma que se apresenta aos que não compreendem a banda desenhada. Na minha cabeça, o texto e a imagem caminham sempre a par. O poeta grego Alceu disse mais ou menos isto, a propósito de uma concha: «Filha da pedra e da espuma do mar, com a tua beleza influencias o espírito de uma criança.» Está lá tudo, não se pode contar melhor o que uma concha pode inspirar. Para mim, hoje, o grafismo parte da necessidade de um traço para chegar ao imperativo da palavra. Assim nasce a banda desenhada.



Hugo Pratt, O desejo de ser Inútil, Relógio D`Água (Pág.216)
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publicado por wherewego às 10:18

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