05.05.08
Consegui ver A Better Tomorrow I e II, Next e Frágeis, e então?
A Better Tomorrow I e II são um clássico, via Hong Kong, com realização de John Woo e produção de Tsui Hark. O primeiro data de 1986 e o segundo do ano seguinte. A datação nota-se, principalmente quando comparados ou com filmes posteriores de Woo, ou com filmes mais recentes.
Os filmes contam a história de dois irmãos, um polícia e um ladrão (coisa típica no cinema de Hong Kong), da sua relação e da tentativa dum deles sair do mundo do crime. O segundo amplia o relacionamento. Tendo em conta que o segundo nasce do sucesso do primeiro, fiquei admirado por achá-lo melhor, coisa invulgar em sequelas. Mesmo assim, já vi melhor tanto de Woo, como de alguns dos actores. Mesmo assim, e comparando com alguns filmes americanos da mesma época, ou com alguns filmes de Woo nos EUA, estes dois não envergonham ninguém. E dá-nos uma ideia de com nasceram muitos dos sucessos actuais da ex-ilha britânica.

Next é um filme de acção com Nicholas Cage, e realizado por Lee Tamaori. E se o objectivo é divertir-nos, penso que o consegue de um modo satisfatório. A ideia é interessante. Cris Johnson é um mágico com um segredo. Consegue ver dois minutos no seu futuro, com todas as hipóteses possíveis. Uma agente do FBI pede-lhe ajuda para recuperar uma bomba nuclear. É aqui que o filme é mais fraco, porque este lado da narrativa interessa, mas ao mesmo tempo é dispensado. O centro da trama é o poder de Cris.
O filme é relativamente interessante, e mais ainda tendo em conta o final, que poderá desagradar a muitos. Em vez do final tipicamente americano, decidiram fazer algo mais interessante e que joga com as cartas lançadas ao logo do filme. Sabemos que acabará bem, mas ficaremos sempre na dúvida. Depois de vermos as capacidades de Cris, é deixada ao espectador a oportunidade de terminar o filme. Uma boa surpresa...para sábados à tarde.

Frágeis é um filme de Jaume Balagueró, com Calista Flockhart. De Balagueró está nos cinemas o mais recente REC, que ainda não vi, mas quero ver. O único filme que vira até este era o excelente Os Sem Nome, e o horrível The Nun (em que assina o argumento). Se em Os Sem Nome Balagueró analisa a temática do mal, e da tentativa de destilar o mal de uma forma pura, neste Frágeis a temática é outra, ainda que haja variados pontos de contacto.
Amy Nicholls (Calista Flockhart) é uma jovem enfermeira, com um passado por resolver, que chega a um Mercy Falls Children's Hospital a dias de encerrar. Chegada ali, nota que as crianças estão assustadas e nervosas. Acredita que elas acreditam num fantasma, e pouco a pouco irá tentar fazer crer aos colegas que as crianças têm razão. Tentando descobrir a razão dos problemas, e vencer os seus próprios medos Amy terá de descobrir a verdade, com a ajuda de uma jovem doente, Maggie.
Frágeis é um filme de terror, mas como Os Sem Nome é um pouco mais do que isso. Tenta analisar a natureza humana, e a forma como nos relacionamos com os outros. Era nos relacionamentos que se fundamentava Os Sem Nome, e aqui acontece o mesmo, embora de forma oposta.
Para quem gosta de filmes de terror, com fantasmas, Frágeis é uma excelente aposta.
publicado por wherewego às 13:14

28.08.07


Como pode um filme de "terror" ser tão poético? Tão humano, tão libertador?
E ao mesmo tempo ter uma capa/poster tão horrível?
Não me sinto capaz de responder a tal pergunta.
O cinema de terror asiático tem-me surpreendido, e não tanto pelo "gore" da coisa. Os últimos que vi e gostei foram The Ring e este The Eye. O primeiro menos assustador do que esperava, mas que trabalha muito bem ao nível psicológico, principalmente depois do filme terminar. Assutei-me mais depois do que durante o filme.
Este The Eye relembra-nos O 6º Sentido, já que a temática é a mesma. Uma rapariga cega recebe um transplante de córnea, e enquanto recupera a visão e da operação apercebe-se que vê coisas que mais ninguém vê, she sees dead people.......
Mas, onde O 6º Sentido aposta no suspense e no salto do espectador, The Eye, sem perder estes aspectos aposta numa sensibilidade um pouco maior. The Eye é poético, sensível, mais humano, apostando na relação entre mortos e quem os vê, e na progressiva aceitação destes, ainda que com piores actores (ou pelo menos não tão bons), embora a actriz principal seja bastante convincente no papel. The Eye começa pelo susto, mas vai-se concretizando como um filme dramático, que aposta na descoberta do eu, na paz interior, na aceitação e no amor.
The Eye surpreendeu-me, e não o encaro propriamente como um filme de terror. Assusta, mas é mais do que um produto para molhar calças.
Onde The Ring me deixava uma sensação de impaciência e intraquilidade no final, este The Eye vai-nos tranquilizando à medida que o vamos vendo.
Gostei bastante deste filme, recomendo vivamente. Mesmo aos que não gostam de cinema asiático e principalmente aos fãs de 6º Sentido.
8/10
publicado por wherewego às 11:13

09.08.07
The Host, filme que estreia esta 5ªFeira, não é fácil de definir. Não foi o que estava à espera, mas não fiquei indiferente. Em primeiro lugar The Host não é, como já disse, facilmente catalogável. Mas o que me parece interessante neste campo é que me parece que o filme não é um filme de acção, com um monstro, com humor, mas é uma amálgama de géneros, amálgama bem definida dentro de si mesmo. Digo isto achando que o registo dos actores se vai alterando ao longo do filme, tendo em conta cada género explorado.
The Host conta a história de uma família (pai, três filhos e neta) que vê a neta ser raptada por um monstro. Daqui para a frente vemos a tentativa da família se livrar dos braços governamentais, e dirigir-se ao combate final contra o monstro.
O filme consegue ter um gostinho neo-realista (really), acção, comédia, drama, mas soçobra no campo do suspense.
É estranho, e a mim dividiu-me, não era o que estava à espera, e fiquei um pouco desiludido, mas é um filme para rever e tornar a pensar nele.
De qualquer modo, é uma lufada de ar fresco. E os efeitos especiais não são, mesmo nada, de deitar fora.
6.5/10


publicado por wherewego às 13:44

06.05.07

"Tu peor pesadilla se esconde en la luz".


Fui ao Quarteto, no âmbito de um Festival do Fantástico, patrocinado pelo Inatel, ver Ausentes, um filme espanhol realizado por Daniel Calparsoro.

O filme retrata a história de uma família que se muda para um condomínio fechado, Julia (Ariadna Gil, a mãe de Ofélia em O Labirinto do Fauno, num excelente papel) começa a ver uma mulher em casa, e estranha que o condomínio esteja vazio. Perante a estupefacção e incompreensão da família, Julia começará a ficar cada vez mais aterrorizada, até ao desenlace final.

Penso que o maior atributo de Ausentes será a realização, não sendo perfeita consegue criar-nos uma certa angústia, ainda que em termos de ambiente prefira um episódio de Sobrenatural. O filme tenta criar toda uma espécie de paranóia e angústia, sem perder o espectador, fá-lo, ainda que o final seja para mim pouco convincente, não achei que fosse climax suficiente, embora seja relativamente lógico dentro de toda a trama.

Ausentes deixou-me a rir, interiormente. Algumas das cenas de pavor são cenas quase idílicas.
Julia assusta-se e aterroriza-se num supermercado e num condomínio vazios, se bem que a níveis diferentes quem não gostaria de ir a supermercados vazios e talvez apagar alguns vizinhos? Nunca o cinema fantástico foi tão ideal!

Enfim...um filme mediano, com uma excelente interpretação da actriz principal, que nos consome ligeiramente durante 90 minutos, resumindo, um filme pelo qual não vale a pena perder o sono.


Paracinema:
o filme estava legendado em inglês e as legendas em português passavam mais abaixo, ainda que por vezes demasiado abaixo da linha visual, logo impossíveis de serem lidas. Ainda que o inglês seja uma língua universal, e o espanhol esteja próximo do nosso português é uma falta de respeito e senso, impedir alguns de seguir o filme.

Depois, esperei 40 minutos para sair, porque uma senhora decidiu dar uma volta com o seu carro em segunda fila, deixando-me preso. Chegou e foi incapaz de pedir desculpas, "Paciência"! Eu demasiado cansado para esperar pela Polícia, fui para casa, mas para a próxima esvazio um pneu ou dois...


publicado por wherewego às 09:31

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