Não resisti e fui ver o filme mais falado dos últimos tempos.
Mais uma vez, os tradutores portugueses decidem acrescentar algo ao título, e temos Nome de Código: Cloverfield. Whatever...não deviam ter mais nada que fazer, e deixar ficar só Cloverfield devia ser complicado...
Li alguma coisa antes (não muito para não estragar) e depois.
Os interessados devem saber a história, Nova Iorque é atacada por um monstro. Aquilo que vemos são as filmagens de alguém que esteve sempre com a máquina a filmar.
Por isso, foi comparado a Blair Witch Project. É a única coisa que aproxima os filmes, este é bem melhor. Mas preparem-se para uma ou outra dor de cabeça, porque quando é para tremer e desfocar não ficamos decepcionados. Escolham os lugares mais de trás.
E esqueçam a ideia de que é um filme de monstros, ou melhor esqueçam BI do monstro. Não interessa, o filme não é sobre ele, é sobre o que ele causa, especificamente a um determinado grupo de amigos, e a forma como reagem, sobre o medo, e o amor.
Lembram-se do Titanic? Em que para vermos o barco ir ao fundo tínhamos de gramar com 2 horas e tal de amor e tragédia? E quando o barco ia ao fundo eu já agoniava? Aqui nada disso se passa. Há um relacionamento em pano de fundo, mas não toma o lugar do filme, da busca, da fuga, da sobrevivência. Tem diálogos, acção e trama ao contrário de Blair Witch.
E não há lugar, ainda bem, para personagens demasiado nervosas.
O filme joga bem entre o que se vai vendo ou não, o que em relação ao bicho é essencial.
O filme criou muito hype, e mereceu-o. Não me senti minimamente defraudado, e há-de haver muita coisa para descobrir com mais calma, quando sair em dvd.
Se já o viram, vejam a página na Wikipédia que vos dá um enorme rol de informações. As mais interessantes, na minha opinião, são as que dizem respeito ao marketing e subplots que JJ Adams nos habituou.
8.5/10