23.07.07
Não deve ser lido por quem quer ler o livro sem saber o final ou como dizem os americanos, Spoilers Ahead.
Como ia passar o fim de semana fora, aproveitei para antes de sair escrever algumas linhas sobre o último livro da saga do mágico mais conhecido do mundo.
Deixem-me misturar e renovar algumas ideias, já não tendo o cuidado de evitar as más e boas notícias.
O enredo já se vai tornando bem conhecido, depois de todo o segredi inicial.
Nesta última aventura, Harry tenta levar a cabo a tarefa que Dumbledore lhe deixou, procurar os 7 artefactos que possuem pedaços da alma de Voldemort, enquanto descobre e tenta descobrir também os Deathly Hallows, do título, três artefactos que permitem a quem os use derrotar a morte. O Ministério da Magia é tomado, mais ou menos secretamente, pelo Senhor do Mal. Snape é o novo director de Hogwarts. Harry é procurado por metade do mundo mágico. E a seca, perdão, segredo do quinto livro torna-se mais perceptível.
Antes de pensar no que acontece, deixem-me desabafar acerca do final. Penso que, apesar das 600 páginas, o final, e não tanto o livro em si, acaba por ser curto. Foram muitos anos com diversas personagens, e o final acaba por ser directo em relação a Harry Potter e aos seus amigos, o detino das outras personagens é relegado para segundo plano, o que a mim particularmente me desapontou um pouco. Depois do final da acçõ somos levados numa prolepse a ver o futuro de Harry, Ginny, Ron e Hermione. Econtram-se a deixar os seus filhos no comboio enquanto estes partem para o colégio. Demasiado "cheesy" para o meu gosto e a pensar mais no filme do que no estilo da obra.
Algo que me agradou neste colecção é o sentido de crescimento ao longo dela, não só das personagens mas também do leitores. A obra vai crescendo não só narrativamente, mas também tematicamente. Neste último livro temos as batalhas finais, o destino das personagens e a descoberta da natureza (e personalidade) de Snape, bem como do porquê real da morte de Dumbledore.
Lembro-me de o ano passado discutir com uma amiga se Potter morreria ou não. Ela, que sim, que não teria sentido continuar vivo, eu que não, que seria um pouco contra-natura. Fico satisfeito ao ver que ambos tínhamos razão. Leiam, que se torna mais simples.
A série foi-se tornando mais negra ao caminhar para o seu fim. Claro que há mortes, umas mais esperadas do que outras. Há o peso do amor, da abnegação, do sacrifício ao longo do livro. É, aliás, uma das temáticas mais usuais em toda a série. Potter cresceu, está menos adolescente (compare-se com a irritável natureza no 5º livro, e em parte mais dissimulada no 6º), não é que não passe por crises, mas são menos irritantes, o que não quer dizer que o 5º livro não seja verosímil, mas (eu pelo menos) não tinha paciência para tanta irritação.
The Deahtly Hollows é o culminar da adolescência de Potter, é o fim da sua missão, da sua luta pessoal. Sacrifícios são a rodos em virtude da vitória do bem. Há mortes mais ou menos naturais, no sentido de esperadas, mas há duas que me tomaram de surpresa. A primeira, foi a de Hedwig, confesso que não esperava, mas tem sentido. É das menos esperadas por Harry, penso que também pelos leitores, mas é a chave de que Potter crescerá, que Harry está a sair da adolescência. É quase tão dolorosa como a morte de Sirius ou de Dumbledore. É a perda, se havia ainda, de qualquer dúvida perante a característica final e mortal da batalha, mas é também a prova de que é o final de um ciclo.
A morte de Fred surpreendeu-me, não esperava que um dos gémeos morresse. Eles que tão bem personificam o humor, mesmo em momentos de grande tensão. Com a morte de Fred, o leitor que existe em mim, confirmou a não morte de Potter, mas que muita coisa mudaria daí em diante, daí que tenha sentido falta desse daí em diante no romance. Mais personagens encontram o seu fim, mas mais não digo.
Por outro lado, Rowling evitou um final demasiado fechado nas personagens. A batalha final era o final desejado e foi isso que ela nos deu. Tudo o resto é, quase, trabalho do leitor. Nas últimas páginas encontramos um Potter já adulto (36/7 anos), ao lado da enamorada de sempre. Não sabemos muito mais, mas o que sabemos mostra-nos que se reconciliou com Snape, reconhecendo o seu papel fulcral em toda a trama. Mas, a forma utilizada para o contar é para mim quase apócrifo, como escrevera no sábado, não se encaixa perfeitamente no estilo de toda a série.
Ainda assim, penso que foi um final adequado, mantendo o "hype" de uma série que surpreendeu o mundo.
O que nos trará no futuro JK Rowling? Só o futuro nos mostrará se não voltará a este mundo mágico.
9/10
publicado por wherewego às 13:06

21.07.07
Já acabei as cerca de 600 páginas do último livro da saga de J K Rowling.
Satisfeito? Penso que sim, mais do que esperava.
Harry Potter morre? Morre, não morre nada. De mim não levam nada:p
Neste último tomo, Harry tenta levar a cabo a tarefa que Dumbledore lhe deixou, procurar os 7 artefactos que possuem pedaços da alma de Voldemort, enquanto descobre e tenta descobrir também os Deathly Hallows, do título, três artefactos que permitem a quem os use derrotar a morte. O Ministério da Magia cai e passa a ser dirigido pelo Senhor do Mal. Snape é o novo director de Hogwarts. Harry é procurado por metade do mundo mágico. O fim está próximo.
Como termina? Apesar das 600 páginas, o final pareceu-me demasiado abrupto. Depois de tanta descrição e tanta acção gostríamos de saber mais algumas coisas. Tenho pena da curta presença de Snape ao longo do livro, mas pronto...
Há mortes, claro. Não vou dizer quem morre, mas há mais mortes do que eu esperava e uma delas apanhou-me completamente de surpresa, bem, sinceramente foram duas. Em relação a Harry Potter e aos seus amigos aconteceu o que eu pessoalmente esperava.
Crescimento, maturidade, amor, abnegação, reconhecimento das nossas limitações são alguns dos temas que correm este último romace da série.
Sei que aqueles que lerem vão discordar de mim, mas as últimas páginas são demasiado cheesy. Gostei, mas são quase apócrifas. Enfim...
Um final em beleza.
9/10
publicado por wherewego às 15:52

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