Faltam-me sete testes e já não sei quantos processos para analisar, preciso de descansar a cabeça, de modos que vou fazer rapidamente o que queria fazer com um pouco mais de tempo.
Já leram o novo diário, o i? E que tal?
Tenho-o comprado desde o nº1 e já tenho algumas opiniões formadas.
Em primeiro lugar, parece-me que as próximas duas semanas vão mostrar bem em que águas o jornal se moverá. Conseguirá manter as tiragens dos primeiros dias? A novidade passará, resta saber quem ficará.
Já se percebeu que há puristas que não gostam de um jornal agrafado, ou pelo menos de chamar jornal a algo agrafado. A mim não me chateia, bem pelo contrário, desastrado como sou não corro o risco de cair ao chão e perder tempo a colocar as folhas em ordem. Sinceramente, gosto. E não desdenho o tamanho. Mi gusta.
Por outro lado, se a organização do espaço, também gráfica, é interessante, ainda que as fotografias nem sempre sejam as melhores, e as capas não primem pela capacidade de agarrar ninguém. A capa do 1º nº era má, a de hoje bateu-a aos pontos. Penso que aqui poderão fazer melhor.
Depois tenho um problema com nomenclaturas. Na 6ª Fª saiu um suplemente com material inédito do NY Times. Suplemento? 3 textos e 6 ou 8 fotos? Vale a pena chamar àquilo um suplemento? Não seria mais fácil colocar aquele material dentro do jornal? No primeiro dia, tiveram uma reportagem ilustrada. No texto de apresentação diziam qualquer coisa como "fomos ao México fazer esta reportagem". Não sei se foram, se não foram. Se foram não precisavam de ter ido. Se não foram, percebeu-se. De qualquer modo, chamar reportagem a 3 desenhos pespegados em 2 páginas parece-me, mais uma vez, um exagero.
Quanto à revista de Sábado pareceu-me curta. Para mim, e é provável que eu não seja o target, só metade da revista é que valia a pena, depois eram páginas de fotografias, inquéritos, viagens e afins que nada acrescentam em conteúdo, bem pelo contrário.
Claro que nem tudo são críticas. Como já disse, gosto da arrumação do jornal, da forma como abordam algumas das temáticas, dá-me uma sensação, por vezes, de semanário diário - o que é bom.
Ter uma foto de Manuela Ferreira Leite na capa, em que a senhora está com uns olhos lânguidos e um sorriso maroto, enquanto lemos que nem todos os casamentos resultam é de mestre. Ajuda ter Maria João Avilez a fazer as entrevistas, a de Manuela Ferreira Leite foi muito boa; ajuda ter Ana Sá Lopes como redactora principal; ajuda ter alguns dos cronistas, dispensável era ter crónicas de apresentação e de satisfação por haver um novo jornal e fazerem parte dele, mas pronto.
Pela primeira vez consigo passar pelas notícias de economia e lê-las. O tamanho de algumas das notícias, ainda que diminuto, ajuda à compreensão, ainda que ao de leve, de algumas situações e esta forma de apresentação é uma aposta ganha.
O editorial é que não me chama puto. Eu tento ler, mas ou é de que quem o escreve, que é chato, ou é do aspecto gráfico. Mas se calhar é do conjunto dos dois.
Enfim, tenho comprado, lido e gostado. Ainda que continue a comprar o meu jornal - o Público. O que é interessante é ver que o Público tem pegado em alguns dos assuntos, mas depois do i lhes ter dado espaço. E não faço juízos de tratamento.
Boa sorte ao i.