17.06.07
Pedro é daquelas personagens bíblicas que gostamos de criticar mas que é demasiado parecido connosco, pelo menos comigo. Impetuoso, tagarela, Pedro tem sempre uma oportunidade e responde sempre sem pensar.
Não deixa de ser interessante que o primeiro encontro de Pedro com Jesus (João 1:41 e 42) acabe sem que Pedro diga alguma coisa. A convite do irmão Pedro foi conhecer o Messias, e este olhando para ele disse-lhe o nome e deu-lhe uma perspectiva de futuro, serás chamado de Cefas(anteriormente o seu nome era Simão). Pedra foi o que Jesus lhe chamou, mostrando que aqueles a quem escolhe também transforma (e o trabalho que Pedro deu, e nós...).
Num dos encontros posteriores, em Lucas 5, lemos que Jesus sobe para cima do barco de Pedro e depois de falar à multidão pede-lhe que lance as redes ao mar, depois de uma noite infrutífera.
Contra as regras da pesca, Pedro, depois de uma noite de trabalho, lança as redes e muito foi o que pescaram.
Este trecho é muito conhecido, pela frase de Jesus "Não temas, doravante serás pescador de homens".
Ora, a promessa feita a Pedro é a mesma feita a nós. Se somente formos como ele. Pedro disse a Jesus, aquando do pedido para lançar as redes, "Mestre (Senhor - reconhecendo a soberania e o poder de Deus), havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes".
Depois da pesca, vem mais uma das "profecias" de Jesus, Pedro no futuro seria um pescador de homens.
Se somente obedecermos, se sob a sua palavra testemunharmos...talvez seja possível que também sejamos um dia pescadores de homens, e mulheres também!
Temos problemas com a nossa cultura, com a forma como a Palavra de Deus é tida em conta e esquecemos o poder que um dia nos salvou. Esquecemos que a Palavra tem o poder de dar vida a ossos secos.
Daí que hoje, estejamos prontos a falar de pesca, de novas canas e engodos, de onde há mais peixe e peixe graúdo.
Mas, pescar...temo-nos esquecido de pescar...
Queremos ser como Pedro?
publicado por wherewego às 23:54

12.06.07
A Igreja do Séc. XXI (pelo menos a evangélica) prefere pregações curtas. Seguindo as pisadas de algumas ciências teimam que ao final de 30 minutos as pessoas desligam, emburram e já não querem saber do que o homem (pregador é sempre homem:p) está a dizer.


A mim faz-me confusão, menos quando sou eu que estou no púlpito, que se tenha tão pouca capacidade de apreensão e atenção. Mas compreendo. Também sou fruto desta era.


Pregava há umas semanas e dizia que a comunidade deve olhar menos para o pregador ("é bom", "é mau", "é chato", "perde-se", "alonga-se", "muita diarreia verbal", "este é bom", "este outra vez?", etc...) e mais para a Palavra. Seguindo a lógica da teologia sistemática acreditamos que de algum modo quem prega tem a ajuda e auxílio do Espírito Santo. Daí que teria mais sentido olhar mais para o conteúdo do que para o apresentador, mesmo quando o tipo é chato, assim como eu (voz monocórdica, tendância para não modular muito a voz).


Ainda bem que não estamos completamente sós.


Ao ouvir durante duas semanas um pregador convidado a pregar sempre cerca de uma hora por reunião lembrei-me de Paulo.


Nunca preguei acima dos 40 minutos. A isto chama-se amor...
Mas lembro-me de Actos e de Paulo pregar tanto que um jovem adormeceu, caiu e morreu. Talvez por isso as igrejas sejam quase sempre em edifícios baixos, e se tenha optado por cadeiras e bancos, evitando que as pessoas se sentem em janelas ou em outros locais altos!


Já tendo estado do outro lado, já vi olhos com dificuldades em se manterem abertos (também já sofri do mesmo, e muitas vezes a culpa não é do pregador, é minha), mas nunca ninguém caiu e/ou morreu durante um estudo meu.


Providência, já que Deus sabe que eu não sou nenhum Paulo... nem a pregar, nem com o dom de ressuscitar o irmão cansado.


Ouvir é das actividades menos laboriosas que existem, e mesmo assim... temos dificuldade. Mais um sinal da nossa fraqueza e da necessidade diária de santificação (actividade dupla. Deus santifica-nos, mas também devemos buscar a nossa própria santificação).
E não se esqueçam do resto da passagem, Paulo chegou-se ao corpo do moço, disse que estava a dormir e "acordou-o". E depois continuou a pregar até de madrugada. Talvez seja isso que falta, mais Palavra!
Irónico, uh?
publicado por wherewego às 10:00

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