Em primeiro lugar não sei qual o valor que os Portugueses dão às conderações do 10 de Junho.
Provavelmente, nenhum. Mas a verdade é que as condecorações têm algum peso, daí que a razão de condecoração dos distinguidos devesse ser facilmente descortinada pelo público em geral ou, pelo menos, facilmente explicável.
Ora, na próxima 3ª Feira, Cavaco Silva irá condecorar, entre outros, Almeida Santos, antigo presidente da Assembleia da República, Nascimento Rodrigues, provedor de Justiça, e Urbano Tavares Rodrigues, escritor.
Até aqui, tudo bem.
Agora condecorar Marques Mendes, com a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique, que pelo que parece é uma das mais importantes distinções nacionais?!
Com base em quê? Abnegação, capacidade de sofrimento, falta de centímetros?
O público devia compreender claramente, e na altura, alguns dos critérios. Se percebo Nuno Crato como comendador, maior dificuldade tenho em perceber Vítor Baía, mas percebo (pelo peso excessivo do futebol no nosso país, e por algumas campanhas "sociais" levadas a cabo.), agora... Marques Mendes?
Sinceramente...