Sentei-me com expectativa para ver o programa de humor de Bruno Nogueira.
Pelo que se leu, a génese do programa nasceu com ele, a equipa foi ele que a juntou. E aqui temos, na minha opinião, a pecha do programa, o humor é pouco Nogueira e mais consentâneo com o do resto da equipa.
Já que se trata de um programa de humor a pergunta coloca-se "E dá para rir"? Nim...
Às vezes sim, outras nem por isso. Provavelmente, mais da segunda opção do que da primeira.
E é pena, porque há boas ideias. As únicas vezes em que ri com gosto foram com as piadas de mau gosto (a de Maddie, por exemplo), o que não me parece bom augúrio.
A rábula do Concurso de Avaliação de Professores é, em teoria, brilhante, na concepção fraquinha, particularmente fraquinha. A deixa da bombeira de Évora deixa-nos com um travo na boca, e o esticar do júri de Vila Real é incompreensível.
A crítica ao PSD começa bem, o videoclip de Barack (Barack Som Sistema) podia ter sido tratado com menos brejeirice, nem a dança de Markl salva a ideia.
Tanto a ideia do elevador (era para rir?), como a do Concurso de Avaliação buscam inspiração no Flying Circus. Ali, como aqui, havia ideias que falhavam. Mais aqui do que no programa dos Pithon.
A ligar tudo isto a breijeirice nacional, o humor da cueca, que por sinal nem é nada de especial, pouco hilariante.
Bruno Nogueira faz melhor na rádio (foi nisto que se tornou o rapaz do Senhor do Bolo?), Rueff também, Markl idem idem aspas aspas.
Foi menos humor e mais sátira, e a sátira faz rir menos que o humor propriamente dito.
Esperemos que melhore...