Malatos, Fernandos Mendes, Jorges Gabriéis, Merches, pouca ficção nacional (mais ainda de qualidade - Diz-me como Foi desapareceu de cena), filmes repetidos pela 15ª vez...
43 Euros para isto?
Eu sinto-me lesado. Mas hoje é dia de Selecção, i.e., serviço público.
Quando era miúdo lembro-me que a tv tinha um horário estabelecido. Por volta das 21h vinha o Vitinho, antes era o Telejornal (penso que às 21h ou 22h começava o telejornal na 2), depois era um filme ou uma série.
Hoje temos concursos, que também havia (o 1,2,3 dava à 6ª à noite, com repetição nas manhã de sábado na RTP2), e sei lá mais o quê.
Em nome dos shares dá-se uma programação que pouco interessa. A olhar para os estudos e percentagens parece-me óbvio que os canais de séries e cinema da tv cabo conseguem ter sucesso e espectadores. O que perderia a RTP em agendar uma noite para cinema, uma para séries, uma para debates, uma para...desde que mantivesse o horário (coisa possível na 2, mas irreal na RTP1)?
O público não vê mais tv pública por causa desta, ou esta não tem mais público por causa deste? Não é à toa que muitas das séries clássicas agora à venda em DVD vendem, nos anos 80 havia, para o bem e para o mal, um horário certo.
E só existiam dois canais, verdade. Mas séries como Duarte e Companhia, Soldados da Fortuna, O Polvo, etc...criaram hábitos pela programação certa. Hoje? Hoje temos os pcs, os dvds, e o cabo. E a TV pública soçobra passo a passo.